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BLOW UP

[VOL. 2]

SIDE A / SIDE B

TRANSE 16
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TRANSE EM TRÓPICO

A partir de Fevereiro, o Núcleo Cinematográfico de Dança dá início à última fase do processo TRANSE EM TRÓPICO, junto ao grupo de pesquisa 16 mulheres e ½. O grupo está novamente aberto, até dia 17 de Fevereiro, para quem estiver interessadx em se juntar ao bando. Serão bem vindxs artistas e estudantes de dança, performance, teatro e circo, bem como músicos e/ou artistas visuais que tenham alguma experiência com trabalho corporal. 

Os encontros acontecerão semanalmente como um espaço de reflexão e práticas coreo-performativas para quem tiver desejo em investigar transes, faces gloriosas, vibrações, balanços infinitos, selvas e reservas hipotéticas, clichês tropicais, tarantismos, corpo festa, corpo despretensioso, deliciosamente ocioso, ridiculamente perigoso, divino e maravilhoso. Conversas aquecidas, bocas diversas. Pulsar selvagem, línguas e saliva. Domesticadxs pero no mucho. Abraçar o estranho e o desconhecido, aguçar os sentidos. Se dispor a questionar como podemos sair do estado de apatia e re-existir por meio do gozo do encontro. 


 

O processo transitará por meio de: 

  • levantamento de novos materiais;

  • desdobramento de investigações acerca de qualidades, dinâmicas, partituras de movimento e programas performativos nascidos nas duas primeiras etapas do processo;

  • elaboração e proposições dramatúrgicas a serem experimentadas em aberturas públicas. 


 

Seguimos como um grupo de experimentações, uma residência, uma manifestação, um transe coletivo. Pelo corpo como festa, pela festa como permissão ao descabimento, pela desordem que provoca a criação, pelo gozo em tempos de fascismo. Por um levante do desejo. Por uma celebração da vida contra a pulsão de morte. 


 

TRANSE EM TRÓPICO. A coisa é. Imprevisível, eufórica, desejável, vulgar, obscena, sagrada, selvagem, grotesca, histérica, furiosa, louca, lúdica, frenética, perigosa. A coisa é. Ser trópico, estar nos trópicos, antropofagia, clichês, estereótipos, jardinagem e canibalismo. Uma performance, uma balada, um ensaio. A coisa é o encontro. É sair de si. Mudança das condições anteriores, trânsito da forma. Permitir ser tomado pela força de uma ação, deixar escapar, desviar. Alucinações perceptivas, alterações no eletroencefalograma. Transe. Transe entre afetos respiratórios. Os ritmos, os pulsos repetitivos que nos convidam de novo e de novo e de novo à transformação da alteridade. Um corpo entorpecido pelos padrões cíclicos. O êxtase. O êxtase como o ínfimo momento do revirar dos olhos. Como trânsito de um estado para outro, de uma forma para outra, de ser um para ser outro. Forças despossessivas. Abraçar o caos, o estranho, o desconhecido. A dança que escapa ao controle. Celebração. Festa. Lambidas e saliva. Do riso ao gozo. Encantamento, arrebatamento, entusiasmo, deslumbramento, assombro, euforia. Ter faro. Rir e chorar. Cultivar um pouco a distração, sem perder a consciência das mazelas e das agruras políticas da terra de Pindorama. Pequenos resvalos pela vegetação. Alegria Alegria. Comida. Cair de boca em uma corporalidade. Talvez cair de boca em um copo de cachaça ou uma manga verde. Ser bicho e ser gente. A coisa é. Crítica e clichê. Sintetizadores e estrobos. Take a walk on the wild side. Baladografia. Um ritual, uma explosão coletiva. Um manifesto. 

 

Mas é pra ser gostoso.

TODAS AS SEGUNDAS DAS 19H ÀS 22H

de 03 de Fevereiro a 06 de Julho de 2020

Local: Espaço Diogo Granato - Rua Alves Guimarães, 1374. São Paulo-SP (próximo ao Metrô Sumaré)

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LAB DIOGO

LABORATÓRIO
Experimentos explosão, coreografia e improviso

O Núcleo Cinematográfico de Dança compartilha alguns de seus processos, repertório coreográfico, ferramentas e dispositivos de criação investigados ao longo dos anos – gerando novas provocações, procedimentos, práticas e reflexões.

Os encontros serão compostos de preparação corporal, exercícios de escrita e de movimento a partir da elaboração de instruções, experimentação, partituras coreográficas, jogos de improviso, composição e apreciação. A linguagem da improvisação como modo de exercitar e potencializar as micro-negociações que acontecem no instante da ação por meio da escuta, da disponibilidade e da presença. Rever, revirar-se em vontade e desejo com o outro.

O laboratório será divido, ao longo do semestre, em três movimentos. Estamos interessadxs no trânsito da velocidade para a duração, do acúmulo para a síntese, do desastre para o restauro.

Movimento 1

a dança que escapa ao controle. O que você faz quando se sente fora do lugar? Quando o corpo parece não ter cabimento? Corpos persistindo em qualidades como repetição, acumulação, resistência e aceleração. Ocupação de espaços públicos por meio de situ-ações. Interessa aqui o jogo perceptivo proposto pela relação com o espaço vivido, entre corpo e cidade. A atenção fragmentada pela paisagem. Como esses espaços interferem em nossos processos? Como podemos nos aproximar ainda mais do espaço da cidade? Transpor momentos das experiências na cidade para a sala de dança.

Movimento 2

como extrair algo de poético da imagem de uma explosão? Quais as diferentes nuances de uma explosão? Qual a intensidade dos pulsos em vários níveis e direções? A imagem da explosão e suas características de acontecimento, que alimentam o corpo em suas possibilidades motoras, afetivas e imaginativas. Desenvolvimento e realização de procedimentos\experimentações, tendo como estímulo as propriedades físicas e químicas que identificam os explosivos, dentre elas: balanço de oxigênio (negativo/positivo), sensibilidade do explosivo, calor/ temperatura da explosão, volume/pressão da explosão, densidade, estabilidade do explosivo, velocidade da explosão, potência específica/poder de fragmentação. Alguns programas-performativos poderão ser concebidos, compartilhados e realizados pelos participantes, ocupando espaços públicos da cidade como “experimentos de explosão”.

Movimento 3

experimentos a partir de uma idéia de síntese e supressão de elementos. Investigar uma harmonia entre controle e descontrole. Um estudo sobre padrões que vão se repetindo, no corpo e entre corpos, os gestos e os minúsculos desvios que geram complexidade. Tatear a leveza e experimentar o equilíbrio dinâmico entre corpos. Quem propõe o movimento? Quem interrompe? Quem fala, quem escuta? Como nos movemos juntos? Como negociar nossas necessidades?

Estudos para criação e composição do movimento serão sugeridos tendo como foco o estado de iminência que deflagra a potência anterior à uma explosão de movimento e o estado de quietude que se instaura após uma grande demanda de energia despendida, gerando toda uma reorganização gravitacional do peso.

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