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Transe entre afetos respiratórios

Escrita em fluxo e trânsito acerca da experiência "Transe entre afetos respiratórios" proposta pelo NCD e o "Exercício para despertar as energias dos chakras" proposto pela Rebecca Leão.


Eu resolvi fazer um fluxo escrito porque eu sei que o fluxo do pensamento quando a

gente fala é diferente, já não vai ser a mesma coisa falar agora porque na verdade já se

passou praticamente um dia da experiência, mas com certeza foi uma experiência

intensa, eu fiquei em algum grau fora de mim- num pequeno transe real- porque com

todas as respirações e a hiperventilação minha pressão baixou, achei que iria desmaiar

umas três vezes fazendo, algumas horas achei que não iria aguentar, fiquei muito

mexida, mas no fundo esse "estado entre" me ajudou, foi difícil acompanhar o ritmo do

coletivo porque tava me deixando ainda mais tonta, mas tudo aquilo que no inicio

parecia tão abstrato e tão dependente de um imaginário foi virando corpo, olhar pra

Drica foi fundamental para "des-egoicizar" e adentrar na camada de um corpo que é

espelho do seu entorno, das energias e vibrações que cada pessoa emana e é. Foi

bonito ver seu olhar e me sentir um pouco ela também. A minha respiração estava no

início bastante fechada, eu senti muito aperto no peito, nas costelas, principalmente

na região do esterno... foi um exercício de libertação e foi gostoso perceber como a

respiração fez com que minhas costelas ficassem mais relaxadas e até os meus ombros

desceram. Selvagem, sexo, criança, gozo...todos esses afetos me afetaram, eu

consegui inclusive perceber muita relação entre eles e foi muito foda me perceber

num ambiente tão acolhedor para fazer coisas de tanta exposição. Eu sinto que

sempre da pra ir mais e que ainda existem muitos pudores, sobretudo em relação ao

sexo, mas eu vi uma potencia em poder trabalhar com isso, inclusive para trabalhar a

própria relação que eu tenho com o meu corpo e com o movimento, parece que

algumas camadas de repressão e de normatividade foram libertadas. Viva a pelve!

Precisamos liberar nossa pelve – há muito fogo contido ai.




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