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como potencializar corporalmente essa onça?

Meu registro é geral sobre todo o processo, desde meu curto período com vocês. Anoto pontualmente em um caderno as sensações e a primeira delas foi de enorme gratidão pela acolhida e abertura. Gratidão por esse espaço de pesquisa e experiências, gratidão por poder fazer parte dessas descobertas coletivas. No primeiro dia ja me identifiquei muito com esse corpo Onça, ele pulsa dentro de mim e preciso controlar minha fera aqui dentro. Não posso incentivar ela a sair cotidianamente, ja é difícil segurar, mas busco deixar ela de vigília por aqui. Senti que no começo minha onça era mais agressiva, acho que na defensiva e principalmente com homens. Aos poucos minha onça passou a ser brincalhona, um filhote carente, eu diria. Estou nesse estágio de onça calma e sociável, o que também me leva a pensar na falta que a agressividade dava para minha presença e integridade. Mas por que forçar algo que não estou sentindo? Ou como potencializar corporalmente essa onça? Essas onças. Sinto falta desse corpo mais híbrido e mais instintivo. Acredito que de toda nossa pesquisa a onça seja realmente nosso brilho diferente, ouço mais ela na nossa fala do que sinto ela em nossos corpos. Por quê? Como alimentar esse lugar coletivamente?  

Sinto que chegamos em um lugar de experienciar o que pode realmente vir a ser nosso material, sinto que esse lugar não esta me instigando tanto quanto nos outros encontros. As vezes precisamos deixar as certezas paradas e descobrir outras coisas pra voltar nas antigas certezas com novidade e tesão! 

Admiro o trabalho de direcionamento do grupo, me sinto parte de uma pesquisa em dança/performance realmente, não apenas mais uma peça para reproduzir individuais vontades ja fechadas e absolutas.

Termino meu primeiro registro compartilhado com a mesma sensação do começo da minha fala. 

Gratidão!!!

Seguimos...



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