Tinha guardado esse texto para comentar algo sobre esse dia (21/10) - sobre nossas conversas conviviais e performáticas.
“(…) E era um livro. Agora, o texto não provém mais de uma tradição. É imposto pela geração de uma tecnocracia produtivista. Não se trata mais de um livro de referência mas de toda a sociedade feita texto, feita escritura da lei anônima da produção.
A esta arte de leitores conviria comparar outras. Por exemplo, a arte de conversar: as retóricas da conversa ordinária são práticas transformadoras 'de situações de palavra', de produções verbais onde o entrelaçamento das posições locutoras instaura um tecido oral sem proprietários individuais, as criações de uma comunicação que não pertence a ninguém. A conversa é um efeito provisório e coletivo de competências na arte de manipular 'lugares comuns' e jogar com o inevitável dos acontecimentos para torná-los ‘habitáveis’.”
CERTEAU, M. Introdução geral [As artes de fazer]. In: Invenção do Cotidiano. 15a ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p. 50.
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