top of page

simular um corpo “aparentemente” inofensivo

04.02.19

16 mulheres e meia

Perguntas e respostas

Podemos juntos encontrar outras saídas?

Como sair do estado de apatia e reexistir por meio da ironia e do deboche?

Como captar do outro o que é pura intensidade?

Como se permitir ser tomados pela força de uma ação, criando uma espécie de transe, em êxtase com o outro?

Como fazer do corpo festa?


Claro que conseguimos encontrar saídas, a questão é que não sabemos ainda quais as portas. Mas juntos tudo fica mais fácil. Sempre alguém consegue dar uma pista que os outros seguem. Sempre alguém estende um braço que alavanca os corpos enterrados. A potência do coletivo é completamente inusitada. Cada um dando um "input" e a "coisa" vai se configurando em caminhos impensáveis. E soluções que desnorteiam...


Essa é uma questão difícil de responder. Não sou a mais indicada a ir para o deboche. Na verdade, acredito que não tenho esse "dom" ou pelo menos desconheço ele em mim. Seria incrível descobri-lo. Já a ironia é mais próxima e acredito que seja um caminho talvez conhecido. Principalmente se for com alguma espécie de ácido, alguma coisa que "pinica". A apatia não entendo como uma condição. Mas uma estratégia de disfarce.


Acredito que pelo convívio, atenção e sem nenhuma expectativa a intensidade do outro se dá, simplesmente assim. Na verdade, às vezes talvez seja algo que nem ela se dê conta, mas algo que fica visível ao outro. Que o outro, com uma simples conversa, com singelas palavras, já indique o caminho. E principalmente muita observação e escuta sensível. Não ficar em seu universo ensimesmado tentando achar saídas e intensidades sozinhos. É uma luz...


É deixar se levar pelo fluxo, se permitir as propostas mais absurdas sem questionamento e mergulhar sem snorkel nessa ideia. Isso cria um campo impensável que leva a uma força, ao transe que é como um campo de força que fortalece e une todos sem deixar que o externo o quebre. O transe esteve em muitos dos processos por que passamos. Acredito que é desligar a cabeça. Essa é a etapa 1 e deixar o corpo responder pelos poros.


Esse final de semana fui num " esquenta" de carnaval. Incrível como a transformação do corpo em uma festa contagia, protege, cria um campo, dá saúde, faz viver, dá fôlego para seguir, estar, enfrentar. Além de simular um corpo “aparentemente” inofensivo, mas que na verdade é uma potência “bomba”, que explode toda a força contrária e indesejável. É se deixar levar...


OBS: No 1o. Semestre de 2019 o Núcleo Cinematográfico está ao mesmo tempo criando um novo trabalho e dividindo esse processo de criação com os integrantes do 16 M, através de instruções\ dispositivos de convivência. À procura de saídas possíveis queremos dividir nossas inquietações.


10 visualizações0 comentário
bottom of page