Eixo transversal que me atravessa como uma bacia em meu crânio, que me gera uma presença particular, que me define a partir do meu olhar, fazendo me presente num relacionar do interno e externo, num mesmo momento.
Mariposa esfenoidal que habita o centro das minhas idéias, tu flutua e plaina num ar quase rarefeito que me direciona num vai e vem, num cima e baixo que me norteia e me desnorteia instantaneamente na linha do tempo e do espaço.
Oitavo osso da minha cabeça, tu perfura o espaço tão claramente que seu planar e seu pouso deixam rastros definidos e estabelecem linhas de tensão e fluxos de ir e vir, que muitas vezes, eu simplesmente só consigo te seguir.
Quando não tenho tanta energia para lhe oferecer tu carrega meu peso quase que me abandonando e me desmantelando mas no fim sempre acabo nos levitando. Na verdade eu ainda não entendo muito bem minha mariposa: eu carrego você ou você me carrega?
É uma questão....
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