16 MULHERES E ½ e NÚCLEO CINEMATOGRÁFICO DE DANÇA
Registros de Maira do dia 04/02/2019
Questões
Podemos juntos encontrar outras saídas?
Sim, podemos! Sempre haverá brechas para resistências, para não ceder à força, à pressão da maioria. O importante é não se isolar e não deixar a alegria se perder. No atual contexto, o fato de existir, permanecer vivo e alegre, encontrar os amigos, persistir no que ama e acredita já são em si atos de resistência.
Como sair do estado de apatia e resistir por meio da ironia e do deboche?
É preciso começar! Enfrentar o desânimo e seguir em frente. A ironia pode ser um meio poderoso de crítica e expressão de descontentamento. Assim como o deboche pode ser instrumento de defesa ou ataque.
Como captar do outro o que é pura intensidade?
Olhar, olhar apuradamente para o outro, seus gestos e sinais. Observar o que é marcante, singular, ir além de mim mesma, poder entrar em contato com o diferente. Registrar aquilo que foi mais significativo.
Como se permitir ser tomado pela força de uma ação, criando uma espécie de transe, em êxtase com o outro?
Entregar-se a uma ação e ao outro é um desafio. Primeiro é preciso ter confiança no grupo, em cada uma/um. Ademais, é importante deixar de lado pré-julgamentos ou medo de errar, assim como a necessidade de acertar ou saber.
Corpo e seus bloqueios/aprisionamentos.
Como fazer do corpo festa?
Liberdade, alegria, contato, toque, presença. Deixar de fora o medo de viver, o medo de si mesmo e do outro. Deixar fluir as energias alegres, por o corpo em movimento, em liberdade.
OBS: No 1o. Semestre de 2019 o Núcleo Cinematográfico está ao mesmo tempo criando um novo trabalho e dividindo esse processo de criação com os integrantes do 16 M, através de instruções\ dispositivos de convivência. À procura de saídas possíveis queremos dividir nossas inquietações.
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