Inspiradxs pela obra "diálogo de mãos" de Lygia Clark, a dupla deveria investigar as relações de distância e proximidade entre os corpos, estando com as mãos unidas (quanto é possível manter-se distante, permanecendo conectado ao outro?)
Mas apesar da simplicidade, mover a partir deste gesto mínimo e cotidiano implica uma série de micro-negociações: quem propõe o movimento? quem interrompe? quem fala, quem escuta? Como uma conversa, um entrelaçamento dialético de posições. A ação aqui proposta é derivada dessa dramaturgia de corpo: duas mãos que se entrelaçam em uma tentativa de reconexão, apesar do caos que restou. Mas como toda imagem que se repete, se torna comum, também se torna clichê.
OBS: No 1o. Semestre de 2019 o Núcleo Cinematográfico está ao mesmo tempo criando um novo trabalho e dividindo esse processo de criação com os integrantes do 16 M, através de instruções\ dispositivos de convivência. À procura de saídas possíveis queremos dividir nossas inquietações.
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