“o que ‘cai’ não ‘desaparece’ necessariamente, as imagens estão lá, até mesmo para fazer reaparecer ou transparecer algum resto, vestígio ou sobrevivência.” (Georges Didi-Huberman)
Como disparar um movimento?
O silêncio conduz à um impasse
O impasse provoca instabilidade e a instabilidade reconduz ao movimento
Um percurso possível a partir da queda
Cada passo cai em direção ao centro da terra
Uma implosão súbita no que se intenciona estável
Uma escuta do abismo em si
Uma experiência compartilhada a partir de fragmentos de proposições\situações\procedimentos originalmente concebidos em processos do Núcleo Cinematográfico de Dança e do coletivo 16 Mulheres e 1\2. Desdobramentos.
A matéria é plástica, passível de ser esgarçada, torcida, esticada, reconstruída, macerada, tensionada, fundida, forjada, borrada e reagrupada, produzindo novos devires e constelações.
Abre-se aqui um abismo onde se possa provocar movimento para transpor alguns limites ou estados de paralisia e imobilidade.
Re-imaginar e experimentar o movimento enquanto potência INdisciplinante que escapa ao modelo autoritário de gestão dos corpos.
Disparadores de instabilidade: Contemplar as concretudes de um osso, um músculo, um pulso, uma respiração, um feixe de nervos. Diferentes nervuras em relações inesperadas evocando e desobstruindo paisagens-corpos.
Palavras em trânsito: Tempo, experiência imediata, presença, consciência, opressão, poder, capitalismo, intimidade, afinidade.
Interstício: fazer\não fazer, coordenar\descoordenar, resistir\ceder, acumular\esvaziar, continuar\descontinuar, focar\desfocar, desenhar\apagar.
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