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espreita

O esfenóide, animal a espreita dentro do crânio. Se fosse mesmo um animal, o osso ao redor dos olhos seriam a saida da toca. Meus olhos, não mais meus olhos, mas os olhos desse animal, esfenóide, a espreita. Animal irriquieto a se mover dentro do crâneo em múltiplas direções... o crâneo é o esconderijo.


O animal observa... as vezes ataca e alça pequenos vôos para fora, plana no espaço, abre suas asas. Depois retorna, para dentro da cabeça, e observa, ele quer saber tudo, por todos os ângulos, se interessa por todas as coisas. As vezes o crâneo parece o aprisionar... ele imprime multiplas linhas pra fora até pressionar a cabeça para novamente dar seus saltos. Ele carrega meu corpo com ele, ele implode meu corpo de dentro, e ele vai em múltiplas direções. Ele não me dá descanço. Difícil pedir a ele silêncio e que se mantenha quieto em sua morada. Ele quer sair. Ele quer sair sempre mais e para todos os lados. Perco o sono por conta desse animal ósseo.



e mais uma vez, Rebecca Horn.



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