16 MULHERES E 1/2 | 2019 transe em trópico . módulo III: corpo como festa
03.06.19 | registros
Adriane De Luca
Propostas NCD
As artérias como vias para o atrito. Todo movimento se confundia com explosão.
Com fones de ouvido, dançar as músicas escolhidas segurando com muita dificuldade o inevitável canto, que virou um grito imenso interno, como um tubo contínuo ligando as cordas vocais ao esfíncter. Tentei me concentrar com as gargalhadas de quem assistia a outra dupla e dividir a curtição da minha própria balada privada com a vontade de querer assistir a outra performance, Natália e Ilana, que pareceu estar completamente fora da curva. A troca de música mudou muito os meus estímulos e acesso a diferentes repertórios, foi difícil guardar partes que pudessem gerar uma partitura.
Ser o corpo do outro com o meu corpo. Os movimentos da Isis me eram muito familiares, penso que algumas coisas eu mesma teria feito, mas a forma como ela os conectava não. Meu corpo ficou exausto, um pouco dolorido. Como eu danço mais de cinco horas seguidas nas baladas? Sem perceber eu devo ter experimentado lugares muito incomuns.
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