

"Do que a gente precisa abrir mão para liberar a radical capacidade criativa da Imaginação e dela obtermos o que for necessário para a tarefa de pensar o mundo de outra maneira? Nada menos que uma mudança radical no modo como abordamos matéria e forma. Teremos imaginação suficientemente vibrante com arranque e alcance para tal? Como descomprimir a imaginação, como abrir caminho para o que antes era inimaginável ? Não seria a arte um referente fundamental nessa busca imaginativa, quase exemplar na medida em que trata da lida objetiva e subjetiva entre matérias, formas e suas relações co-implicadas e interativas ao infinito, na medida em que faz existir o que não existia? Como e quais fazeres artísticos podem nos guiar em uma prática de diferenças sem separabilidade, e ao revés, que modos de sociabilidade de cultivo poderiam gerar tais prazeres eco artísticos? As possibilidades das artes são imensas e a responsabilidade também. Nada mais e nada menos."
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Inspirado pela fala acima da artista Eleonora Fabião e pergunta da artista e filósofa Denise Ferreira da Silva, o Núcleo convida três artistas para realizar encontros eco-artísticos, como mais uma ação de nosso processo de criação atual: "Pensar como uma Floresta".

vencer (1) demanda
Ação/Performance de rytualidade para vencer (1) demanda de responsabilidade coletiva. Praticar corporalydades contra o tempo neoliberal. Acessar confluỳres da memórya água de nossas células e ruir concretos dos nossos sentidos.
09 de NOVEMBRO
DAS 15H ÀS 18H
gratuito (vagas limitadas)
espaço viver - SP
ORU @pessoacobra é artista plástico, performer, bailarino e encenador. Se graduou em artes visuais como bolsista pela Faculdade Paulista de Artes e em Dança pelo Grupo Experimental de Dança de Porto Alegre. Formado em Direção pela SP Escola de Teatro. É agitador geral da Núclea de Pesquiza TranZborde, um território de desenvolvimento de produções artísticas dissidentes. É Encenador do Espetáculo de Dança: Amores Q_, atualmente em processo de finalização do levantamento, através do 35º Fomento da Cidade de São Paulo. Como artista trans, não binário - não hetero e, na encruzilhada da retomada ancestral Indigena Kariri e Cigana, seus trabalhos deslizam em pluri mídias de criação. Mergulhando em questões de legitimação, apagamento, território e tecnologias sagradas em uma perspectiva contra - colonyal. (Re)Mexendo em assuntos como o amor ou a fome. Memórya y retomada ao corpo - saber byoma.

Quando?
09 de Novembro (sábado)
das 15h às 18h
onde?
Espaço Viver
R. Conselheiro Brotero, 182 - Barra Funda, São Paulo, SP
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GRATUITO​​​​
​Dúvidas?
Entre em contato por email: contato@cinedanca.com​
Jorge Menna Barreto e Grazi Kunsch são artistas e professores cujos trabalhos expandem as fronteiras da arte, promovendo encontros e práticas que integram cuidado, ecologia e vida cotidiana. Em 2016, Jorge transformou o restaurante da Bienal de São Paulo em um espaço vegano, focado em alimentos de agroflorestas (Restauro, 2016), enquanto Grazi converteu uma sala do museu Fridericianum na Documenta de Kassel em um lugar de brincar e cuidar, envolvendo famílias de bebês e crianças pequenas (Creche Parental Pública, 2022-em andamento).
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Desde 2001, os dois compartilham projetos e diálogos, sempre buscando novas formas de pensar e fazer arte, que inclui, muitas vezes, o nada fazer e o desfazer. Entre suas colaborações, destaca-se a ação de encerramento temporário da Casa da Grazi junto ao coletivo Laranjas, usando corante laranja na caixa d’água. Em 2004, transformaram a edícula da casa onde moravam em um hotel temporário, oferecendo café da manhã e conversas com os hóspedes. No mesmo ano, Grazi participou do Projeto Matéria, no qual Jorge reinventou o espaço expositivo do Centro Cultural São Paulo como uma sala de aula. Jorge também "cozinhou" no restaurante crudívoro de Grazi (Restaurante, 2005) e colaborou em três edições da revista Urbânia, editada por ela (2008, 2014, 2023).
A trajetória de Jorge e Grazi é marcada por uma parceria que combina práticas artísticas e pedagógicas com uma profunda reflexão sobre modos de viver e conviver. Juntos, seus trabalhos se entrelaçam como gestos de abertura e experimentação, convidando o público a questionar os limites entre arte, vida e cuidado.

A imagem refere-se à sessão que fez parte do programa “Uma pedagogia da incerteza?” no âmbito de Dias de Estudo, sessões coletivas de pesquisa da 32ª Bienal de São Paulo, idealizado por Sofía Olascoaga. Realizada em colaboração com Waman Wasi e as comunidades Lamas da região da Amazônia Alta, Peru. Foto: Jorge Menna Barreto

Jorge Menna Barreto (n. 1970, Brasil) é artista e educador, cuja pesquisa se dedica à arte site-specific há mais de 20 anos. Menna Barreto aborda o site-specificity a partir de uma perspectiva crítica e sul-americana, tendo traduzido, ensinado, palestrado e escrito sobre o assunto. É professor no Departamento de Arte da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, EUA, onde dá aula no mestrado em Arte Ambiental e Prática Social; é colaborador na linha de pesquisa Arte, Experiência e Linguagem do Programa de Pós-Graduação em Artes da Uerj.

Graziela Kunsch (São Paulo, 1979) é artista e educadora. Desde que se tornou mãe, dedica-se às infâncias, à parentalidade e ao entendimento de cada bebê como natureza. Inspirada na abordagem pedagógica de Emmi Pikler, cria espaços de brincar e cuidar, media grupos onde bebês brincam e adultos observam, e documenta o desenvolvimento motor livre de sua filha. Sua obra Public Daycare (Documenta de Kassel, 2022) foi escolhida pela população local como obra a permanecer viva, na coleção de arte pública da cidade, a mesma que abriga a obra 7.000 carvalhos, de Joseph Beuys, uma de suas referências. Kunsch é editora da revista Urbânia, cujo sexto número abordou o conceito de "público como mútuo", ou a construção comum entre pessoas diferentes.
Quando?
22 e 23 de Outubro (terça e quarta)
das 18h às 20h30
onde?
Casa do Povo
R. Três Rios, 252. Bom Retiro, São Paulo, SP
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GRATUITO​​​​
​Dúvidas?
Entre em contato por email: contato@cinedanca.com​
